História institucional
A Sociedade de São Vicente de Paulo, conhecida pelas iniciais SSVP, foi fundada em abril de 1833, em Paris, por um grupo de sete jovens universitários liderados por Frédéric Antoine Ozanam (1813-1853), estudante de Direito na Universidade de Sorbonne, um jovem, na época com apenas 20 anos, de idade e alguns companheiros. A organização adotou São Vicente de Paulo (1581-1660) como patrono, inspirando-se no pensamento e na obra daquele santo, conhecido como o Pai da Caridade pela sua dedicação ao serviço dos pobres e dos infelizes.
Fiel a seus fundadores, tem a preocupação de renovar-se constantemente e adaptar-se às condições mutáveis do mundo. De caráter católico, está aberta a quantos desejam viver sua fé no amor e no serviço a seus irmãos. A unidade da SSVP no mundo é representada por sua REGRA (REGULAMENTO). Busca, incansavelmente, um trabalho de maior contato e aproximação com a Igreja, através do Clero.
Os fundadores foram:
- Antônio Frederico Ozanam (1813-1853)
- Auguste Le Tailladier (1811-1886)
- François Lallier (1814-1887)
- Paul Lamache (1810-1892)
- Félix Clavé (1811-1853)
- Jules Devaux (1811-1881)
- Emmanuel Bailly (1794-1861)
A organização hoje
Atualmente a SSVP está presente em 146 (cento e quarenta e seis) países, com 720.000 (setecentos e vinte mil) membros. O Brasil é o maior país vicentino do mundo: são 45.440 (quarenta e cinco mil, quatrocentos e quarenta) Conferências, mais de 2 mil Conselhos Particulares, quase 300 Conselhos Centrais, 33 Conselhos Metropolitanos, cerca dezenas de Conselhos Nacionais e milhares de Obras Unidas e Especiais, subordinadas ao Conselho Geral Internacional.
As finalidades da Sociedade de São Vicente de Paulo e sua Técnica Assistencial
Sua finalidade principal é promover a santificação de seus membros por meio da prática da caridade (vivência real do evangelho). Prestar serviços aos que estiverem em dificuldades e levá-los a Deus sempre que possível. A maior preocupação de Ozanam era o aprimoramento espiritual de seus participantes, sendo os assistidos os providenciais meios que Deus nos deu para isso.
O vicentino deve insistir na promoção integral do assistido, orientando-o no plano material, mas muito mais no plano espiritual, para levá-lo à participação no Reino de Deus. Assim sendo, os vicentinos devem estar sempre buscando orientações e atualizando-se nas modernas maneiras de assistir os homens de nossos dias, em suas misérias.
Nenhuma obra de caridade é estranha à SSVP. Sua ação compreende qualquer forma de ajuda, por contato pessoal, no sentido de aliviar o sofrimento e promover a dignidade e a integridade do homem. A SSVP não somente procura mitigar a miséria, mas também descobrir e remediar as situações que a geram. Leva sua ajuda a quantos dela precisam, independentemente de raça, cor, nacionalidade, credo político ou religioso e posição social: daí a existência das chamadas Obras Unidas (asilos, creches, hospitais, etc.) e de Obras Especiais (Escolinhas de informática, de Costura, de Reforço, e das Vilas Vicentinas, etc).
Os membros da SSVP, Confrades e Consócias (os Vicentinos), são unidos entre si pelo espírito de pobreza e de partilha. Formam, no mundo inteiro, com aqueles a quem prestam auxílio, uma só família, buscando contato com todos os demais movimentos e organizações inspirados em São Vicente de Paulo: é a FAMÍLIA VICENTINA. Os vicentinos procuram, pela oração, pela meditação da Sagrada Escritura e pela fidelidade aos ensinamentos da Igreja, serem testemunhas do amor a Cristo, em suas relações com os mais desprovidos, bem como, nos diversos aspectos da vida.
As Conferências Vicentinas e sua Sistemática Operacional
A coordenação do trabalho vicentino depende de uma organização simples, mas complexa: primeiro existem grupos, tradicionalmente chamados de Conferências, que se reúnem com regularidade e frequência. As Conferências Vicentinas são grupos de pessoas, formadas, de no máximo, 15 (quinze) membros. Orienta-se ocorrer um desmembramento quando ultrapassar-se esse número. Evita-se com isso lentidão na assistência às famílias. Sua sistemática de operação é simples: reuniões semanais, com visitas às famílias assistidas, acompanhada de disponibilidade, humildade, simplicidade, zelo, afeto e espiritualidade. Essas Conferências são unidas entre si por meio de Conselhos Particulares, de âmbito local.
Esses são vinculados a Conselhos Centrais, órgãos executivos em determinada circunscrição. Na sequência hierárquica há os Conselhos Metropolitanos, de âmbito regional. Em nível nacional existe o Conselho Nacional, no Brasil, com sede no Rio de Janeiro, RJ, está o Conselho Nacional do Brasil. Coordenando o trabalho em todo mundo está o Conselho Geral Internacional, em Paris, na França. Cada um dos Conselhos deverá ter formada uma Equipe especial, com trabalho voltado para a juventude, denominada COMISSÃO DE JOVENS. O maior trabalho de formação vicentina está a cargo, no Brasil, das Escolas de Capacitação Antônio Frederico Ozanam (ECAFO).
A Conferência de São José foi agregada em 16 de novembro de 1872(*), sendo, portanto, esta a data em que se considera a implantação oficial da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil.
Portanto neste ano (2010) completaremos 138 anos da SSVP no Brasil. Em abril deste ano completamos 177 anos de fundação em Paris.
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